sexta-feira, 17 de novembro de 2017

MUDA SERGIPE


O novo que já nasce velho...

Existe uma suspeita que os eleitores, desta vez, darão o troco aos políticos. Como os políticos não são bestas, estão matutando um jeito de distrair os eleitores. Os artifícios mais comuns são: passar por novo e dizer que quer mudanças. Acham que o eleitorado vai comprar gato por lebre. Uma velha máxima que orienta a política sentencia: “É preciso que tudo mude, para tudo continuar como está”. Entenderam? O segredo é fazer de conta, se passar por cordeiro, apostar que a memória dos eleitores é curta.

Em Sergipe, só quem não pode aparecer com o discurso de “mudanças” é o bloco PMDB/PT, liderado por Jackson Barreto, por uma simples razão, eles chegaram ao poder há doze anos, com o discurso de que seriam o “governo das mudanças”. Lembram-se? Seria o fim da mesmice. Talvez seja esse o maior enigma que o candidato Belivaldo (ou o seu substituto) precisa decifrar. Ele vai propor o quê? Continuar as mudanças que não deram certo do atual governo, ou ele será a mudança das mudanças, ou seja, nada. O desgaste de Jackson Barreto ao final do mandato pode ser maior que o de João Alves, na última passagem pela Prefeitura. Nesse momento, isso é quase natural. Poucos escapam.

E quem será o novo em Sergipe? O primeiro a se apresentar com essa pretensão foi o bloco liderado por Clóvis Silveira. Isso mesmo, Clóvis Silveira. Quem quiser mudanças, taí a oportunidade. Quem for mais exigente e quiser saber quais serão essas mudanças, vai perder o tempo, não é a hora desses detalhes. No máximo, generalidades. Vamos mudar, somos o novo, agora será diferente, blá-blá-blá. O “projeto” é liderado nacionalmente por Roberto Freire. 

Por enquanto, dois blocos anunciaram os seus candidatos: um liderado por Jackson Barreto, que deve propor a mudança do governo das mudanças (o marqueteiro que se vire); e o outro, liderado por Clóvis Silveira, que irá apresentar-se como o novo, como a verdadeira mudança. Não vai ser fácil para o eleitor que quer mudanças, acertar na mudança certa. O risco é que, apurados os votos, todos ou quase todos, estarão com os seus mandatos renovados, e os eleitores que queriam mudanças, trocarão seis por meia dúzia. É só aguardar...

Antônio Samarone.

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