Quem vai liderar os bolsonarianos
em Sergipe?
O PSL de Bolsonaro não elegeu
ninguém em Sergipe. Os dirigentes do PSL são pessoas anônimas, gente
desconhecida. Tarantella, o mais conhecido, foi afastado. Não existe vácuo na
política. Por outro lado, existe uma base social que votou e continua apoiando
o projeto da ultra direita, que ganhou as eleições. O cavalo está selado, aguardando
os interessados.
Ter acesso ao governo federal não
é pouca coisa em Sergipe. André Moura usando dessa prerrogativa, teve o apoio
de quase todos os Prefeitos, na última eleição.
Não estou falando de coisa
efêmera. Zé Dirceu, a maior liderança histórica do PT, depois de Lula; afirmou sobre
Bolsonaro: “Não nos iludamos. É um governo que tem muita base social, muita
força e muito tempo pela frente. Vai transformar a segurança em pauta".
Continuou o líder petista: o PT
não foi derrotado apenas eleitoralmente nessas eleições, mas ideologicamente.
Zé Dirceu, foi quem concebeu e liderou o projeto que levou o PT ao poder por
treze anos. O fato do seu envolvimento em falcatruas, não anula os seus méritos
de pensador político. Haddad é um bom moço, toca violão, vai à missa, educado, bem
casado, mas não é líder político. Haddad é uma invenção de Lula.
Durante a campanha, Zé Dirceu
lembrou que estava diante da disputa pelo poder, e não apenas de uma eleição
para ocupação de cargos. O mundo quase desabou. Haddad, para não desagradar ao
mercado, se apressou em desautorizar Dirceu, e acrescentar que em seu futuro
governo, Zé Dirceu não estaria nos planos.
Nessa lógica de Zé Dirceu, a
ultra direita não deixará o poder tão cedo. Eu pergunto, imitando Garrincha: “já
combinaram com os russos?” Acho, que se a oposição for competente, pode reduzir
esse martírio...
Em Sergipe, vislumbro no ex
deputado João Fontes as melhores chances para liderar o projeto de Bolsonaro em
Sergipe. Tem razões de sobra para não gostar do PT, liderou as manifestações
dos coxinhas pelo impeachment da Dilma, e apoiou de forma militante a eleição
de Bolsonaro.
Outro nome bem colocado nessa
disputa é o de André Moura, por razões óbvias, já é afinado ideologicamente com
o projeto. Eduardo Amorim, se continuar na política, também pode entrar nessa
disputa. Fontes, Moura e Amorim estão sem mandatos, o que pode atrapalhar.
Entre os deputados federais que apoiarão
Bolsonaro, deve surgir pretendentes pelo controle do PSL, em Sergipe. É um
queijo muito suculento para ficar esquecido.
Antônio Samarone.
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