quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

SABINO OLEGÁRIO LUDGERO PINHO - HOMEOPATA


SABINO OLEGÁRIO LUDGERO PINHO

Por Antônio Samarone.

Sergipano de Neópolis, nasceu em 11 de julho de 1820, no sítio Papa-Ovelha, perto do povoado de Ilha dos Bois. filho de Pedro José de Pinho e Anna Joaquina do Sacramento Pinho. Estudo o primário e o ginásio na cidade de Penedo. Em 1838, partiu para Salvador, onde concluiu os estudos preparatório. Em 1839, ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, concluindo o curso em 21 de novembro de 1845, defendendo a tese “Considerações acerca da música e suas influências sobre organismo”: Bahia, 1845, 56, págs. in. 4º gr. Tip. de José da Costa Vilaça.

As bases da homeopatia estabeleceram-se em 1818, quando Hahnemann publicou o “Organon da arte de curar da medicina racional”. A homeopatia chegou ao Brasil nos anos 1840, trazida pelo médico francês Benoît-Jules Mure, tendo rápida difusão pelas Províncias.
Sabino Pinho tornou-se seguidor da doutrina homeopática desde 1847, após ter sido tratado de uma doença grave pela homeopatia. Transferiu-se para Pernambuco em 1948, onde exerceu grande influência. 

Clinicou em várias Províncias do Norte. Durante a epidemia de cólera de 1855, em Recife, diante da ineficácia dos purgantes e vomitórios do tratamento da medicina alopática, que agravavam a desidratação e apressava a morte; Sabino Pinho divulgou amplamente um tratamento homeopático para enfermidade. A Homeopatia prescrevia três substâncias para o tratamento da cólera: o veratrum álbum, o cumprum metalicum e o arsenicum álbum. Foi grande a polêmica em Pernambuco, acreditava-se que a cólera só não acabou com a população de Vitória de Santo Antão, devido ao tratamento homeopático.

Sabino Pinho foi sócio efetivo da Sociedade Instrutiva; da Auxiliadora da Instrução e do Instituto Literário da Bahia; membro do Instituto Homeopático do Brasil e seu representante nas províncias do Norte; fundador e diretor da Escola Homeopática de Pernambuco; fundador das sociedades homeopáticas da Paraíba e do Maranhão; membro correspondente da Academia Homeopática do Rio de Janeiro; da Academia Médico-Homeopática do Brasil; do Instituto Homeopático de Paris; das sociedades Médicas Homeopáticas de França, Hahnemanianas de Paris e de Madrid; das Academias Homeopáticas de Turim e Palermo. Foi deputado por dois mandatos, na Assembleia Provincial de Pernambuco, em 1856 e 1863.

Notável cantor e exímio violinista. Escreveu: “A homeopatia e a cólera”,” Diário de um médico”, “Apontamentos para a História da Homeopatia”. Colaborou para o “Correio Sergipense”. Redigiu: “O médico do povo” (1850-51). Autor de vários trabalhos sobre a homeopatia: “vade-mecum do homeopata”, “Propaganda homeopática em Pernambuco”, “A homeopatia e a Cholera”, “Apontamento para a história da homeopatia”, entre outros. 

O doutor Sabino Pinho teve sua biografia escrita pelo irmão, bacharel Themistocles Belino de Pinho, publicado no “Jornal de Recife” entre os anos de 1860 e 1863. Foi o criador da famosa “Farmácia Sabino” em Recife/PE, falecendo no Arraial, subúrbio da capital de Pernambuco, a 17 de novembro de 1869, com 59 anos. 

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