A Rebeldia de Montalvão.
(por Antonio Samarone).
O jurista e publicitário barra-coqueirense José Carlos Góes Montalvão, me questionou inconformado: “se a principal razão para a transferência da capital foi colocá-la na Barra do Cotinguiba, por sua posição topográfica, por que não levaram a Capital para o povoado da Barra dos Coqueiros, à época mais desenvolvido?”
A capital em São Cristóvão, às margens do Rio Paramopama, não atendia as necessidades. (que João Bebe Água não nos escute).
Continuou Montalvão: “Se a Alfandega, a Mesa de Renda e o Consulado Geral da Província estavam no povoado da Barra dos Coqueiros, por que trouxeram a Capital para o outro lado, para as praias desertas do Aracaju?
Enfim, 170 depois, a Barra dos Coqueiros reage. Montalvão quer explicações.
Passei o dia procurando uma resposta. Perguntei a vários historiadores e ouvi explicações desencontradas. Fui ler as justificativas do projeto enviado à Assembleia Provincial, propondo a mudança da Capital.
Montalvão, o projeto defendia que fosse no lado do Aracaju, “porque tinha boas águas, é era muito salubre e ventilado, e tinha aos fundos, o fértil município de Socorro.” Eita, tudo falso: Aracaju era insalubre, um calor dos infernos e as águas eram salobras.
O projeto descartava o povoado da Barra dos Coqueiros por possuir um clima ardentíssimo, falta de água e ter aos fundos o município de Santo Amaro, estéril e decadente.
Espero que Montalvão se conforme e acabe com essa birra. Aliás, João Alves já fez uma ponte estaiada e Mitidieri já anunciou outra ponte, em pouco tempo.
Montalvão é simãodiense, mas foi adotado e se apaixonou pela Barra dos Coqueiros.
Calma irmão, os terrenos do Barão ficavam do lado de cá. A primeira rua, atual calçadão da João Pessoa, chamava-se Rua do Barão.
Viva os 170 anos do Aracaju. “Eu gosto do Aracaju e adoro Itabaiana”, parodiando Jorge de Altinho.
Antonio Samarone. Médico sanitarista.
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