segunda-feira, 31 de agosto de 2020

O FUTURO DE SERGIPE


O Futuro de Sergipe
(por Antonio Samarone)
A economia sergipana desabou. Segundo o IBGE, ao final do segundo trimestres de 2020, existiam em Sergipe, 196 mil desempregados, sem contar os que perderam a esperança e não procuram mais emprego.
Claro, a Pandemia agravou, más não é a causa principal. Em 2010, Sergipe possuía a maior renda per capita do Nordeste, não que seja grande coisa, mas estávamos bem melhor do que agora.
O que ocorreu?
Não tenho dúvidas que a derrocada da economia sergipana só pode ser analisada dentro de um contexto maior. A economia é globalizada. A crise do capitalismo nem nasce nem morre em Sergipe. A opção por um neoliberalismo exacerbado não foi local. Tudo isso se sabe.
Sergipe é um nicho diminuto, com um peso irrelevante na economia nacional. Entretanto, para os 2,2 milhões de sergipanos é esse nicho que importa. O fato de a economia ser globalizada não impede que haja alternativas locais que minimizem os estragos.
Observem no gráfico, que a tragédia do desemprego foi mais profunda em Sergipe.
A crise da economia sergipana tem os agravamentos locais. O que ocorreu em Sergipe na última década, que empurrou a economia para o precipício?
A política local, a inoperância dos últimos governantes, contribuiu para essa queda? Qual é o projeto de desenvolvimento para Sergipe? O que pensam as lideranças políticas?
Uma pergunta meio boba: existem saídas paliativas para Sergipe ou dependemos de uma recuperação nacional da economia? A desgraça é inevitável?
A minha preocupação se acentua com a “inteligente” Aracaju. O que nos espera nos próximos anos? O governo municipal pode ajudar de que forma?
Essa questão irei debater amanhã, dia 01/09, as 18 horas, numa LIVE no Instagram, com o pequeno empresário Alexandre Porto.
O Pós Pandemia nos ameaça com o desmantelamento da vida. A crise não é apenas sanitária, ela vai perpassar pela cultura, educação, relações sociais, esporte e religião. É uma crise da civilização. Nada escapa a contaminação da Peste.
Mas a chamada infraestrutura, a esfera econômica, já está duramente afetada. Resta-nos como alternativa, se o auxílio emergência (Bolsa Brasil) será de trezentos ou seiscentos reais?
É o tiro de misericórdia na esperança.
Antonio Samarone (médico sanitarista)

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