Não haverá Salvação!
(por Antonio Samarone)
“Para este tempo sem escolhas/ Para esse templo de Bufões/ Para estes Vendedores de ódios/ Para estes Cangurus metafísicos/ Para estes Balconistas de intrigas/ Peço a Corda ou o Paredão”. Alberto Carvalho (Itabaianense).
A invasão do Capitólio pelas falanges da extrema direita americana, demonstrou o desprezo dessa gente pela democracia.
Em fevereiro de 1933, os Nazistas tocaram fogo no Reichstag, sede do Parlamento alemão. Puseram a culpa numa conspiração comunista.
Essa prática é antiga. A democracia americana possui instituições fortes. O Golpe fracassou!
No Brasil, em caso de derrota do “Bolsonarismo” nas urnas, em 2022, já foi anunciado que eles não aceitarão. A Fraude está prevista com antecedência.
Se eles terão ou não o apoio das Forças Armadas não tem a relevância imaginada. Será um Golpe Miliciano. Existem no Brasil cerca de 600 mil milicianos, gente disposta a não perder as regalias conquistadas. Isso é o dobro do contingente militar.
O Exército brasileiro não foi treinado para combates. Temos um Exército de Gabinetes, aliás, bem assentado nos Cargos do Serviço Público. Basta que as Forças Armadas fiquem nos quarteis, como ocorreu na Bolívia.
As milícias se encarregarão do jogo bruto. Não haverá combates. O Povo continuará descendo os Morros apenas no Carnaval.
Não existem saídas fora da democracia!
O princípio republicano “O Poder Emana do Povo”, não permite atalhos. Quando os amarelinhos saíram às ruas clamando o fim da política, estavam pedindo ao mesmo tempo o fim da democracia (conscientes ou não).
Nas antigas civilizações o Poder emanava das divindades. O Rei era um representante de Deus, quando não se transformava no próprio. Os Reis eram, no mínimo, descendente direto dos deuses.
Esse tempo passou!
Os Poderes militar, religioso, jurídico, econômico, miliciano quando tutelam a sociedade, mesmo com boas intenções, descambam para a Tirania.
Não existem saídas fora da democracia e não existe democracia sem política.
Criminalizar ou satanizar a política é um largo caminho para as ditaduras.
Antonio Samarone (médico sanitarista)
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